Com olhos marejados, lendo este poema postado pela linda prima Etiene, não posso deixar de homenagear aos homens da minha vida, aos amados, queridos, admirados Vô Nê, Vô Zacarias e ao Pai Manoel, a vocês devo tudo que sou, o homem, o marido, o pai que sou. minha persona e a todos os princípios que adoto hoje.
A vocês rendo toda a minha admiração hoje e sempre!
A través de vocês e o amor a suas mulheres, surge toda a nossa prole, filhos, netos, bisnetos e tataranetos, estes últimos talvez conheçam apenas suas histórias, porém eu tive o imenso privilégio de conviver com todos vocês em minha primeira infância.
Do vô Nê, lembro- me do homem garboso andando no seu cavalo negro, com seu chapéu, fumando e tomando seus drinques.
Me parecia o homem mais elegante deste mundo, sério, rigoroso, honesto, integro de uma honestidade inabalável.
Do vô Zacarias, lembro-me de um homem que com toda a rispidêz de um nordestino típico, havia uma doçura que nunca bateu em seus filhos, principio que o seu filho e meu pai Manoel levou consigo e nunca agrediu um filho.
Do pai Manoel, com tudo que tive com você, aquilo que admiro em você foi o amor do seu jeito ofertado para com minha doce e guerreira mãe, tive a certeza do seu amor com ela quando vi você chorando pela primeira vez em toda a minha pequena vida dos meus 13 anos por ela e em meios as lágrimas falava de todo amor e admiração que possuía por ela...
Bem agradeço até pelos erros desses três homens, pois com eles também aprendi.
É um bom tipo meu velho
Que anda só e carregando
Sua tristeza infinita
De tanto seguir andando
Eu o estudo desde longe
Porque somos diferentes
Ele cresceu com os tempos
Do respeito e dos mais crentes
Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e o teu tempo
Seus olhos são tão serenos
Sua figura é cansada
Pela idade foi vencido
Mas caminha sua estrada
Eu vivo os dias de hoje
Em ti o passado lembra
Só a dor e o sofrimento
Tem sua história sem tempo
Velho, meu querido velho
Agora caminha lento
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo
Velho, meu querido velho
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e teu tempo
Velho, meu querido velho
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